Namoro, Relacionamento Sério, Fixante: Diferenças entre as relações modernas

É namoro, relação séria ou parceria séria? Defina-se!

 

 Foto de Summer Stock: 

O namoro remonta o período clássico do romantismo onde, as convenções sociais pasaram a permitir uma forma de "pré relação" ao casamento. É considerado como uma garantia de fazer a escolha certa antes de embarcar numa jornada mais longa e séria, denominada casamento. 

Sendo a forma mais eficiente para o processo de peneiração e filtragem seletiva dos candidatos, o namoro entrou em fase de declínio a partir da década de 90 e, de fato, não demonstra retornar ao clássico dos contos de princesa.

Considerado atualmente como uma forma de compromisso, embora em menor escala e importância do que o casamento mas ainda assim uma forma opressora da liberdade, o namoro não representa mais a juventude solta e despreocupada com os vínculos. A procura por esta forma de relação esta cada dia mais com baixa demanda e outras formas de vínculo têm sido criadas e melhor aceitas. Entre as alternativas ao namoro podemos nos esbarrar a qualquer momento, e até em qualquer idade, com as opções atuais para o romantismo moderno, a saber: relacionamento sério e 

Relacionamento Sério

Foto de Murat Akpınar

Ja "relacionamento sério” geralmente se refere a um comportamento  de reconhecimento das necessidades a mais do casal, passando de apenas sexuais para outras esferas da necessidade humana. 

Em um relacionamento sério não existe o pedido de namoro oficialmente declarado, sendo,.portanto, uma relação de contemplação da prioridade das pessoas envilvidas mas não necessariamente de exclusividade. No entanto não significa o direito a bigamia e a relação extra conjugal, apenas representa o direito de a qualquer momento existir o "encerramento da união" até mesmo sem aviso prévio. Também é comum não existir o contato com as demais pessoas, parentes e familiares dos parceiros, ficando a relação em um contexto bem particular, intrinsecamente pessoal, até mesmo não público.

No relacionamento sério existem outras formas de exclusividade as quais os parceiros podem não abrir mão como o compromisso com os sentimentos, necessidades e sofrimentos pertinentes a vivência e decorrência diária.

“Não querer um compromisso ou nada sério com ninguém” é o argumento  comumente usado por alguém que definitivamente não busca quaisquer vínculos a mais além do contato sexual. Estamos falando dos famosos" rolos", odiados e ao mesmo tempo amados por ambos os gêneros, a depender da condição e percepção pessoal de cada um na relação.

A quantidade de compromisso 

A quantidade de compromisso e importância a qual depositamos em uma relação pode ser considerado como algo imposto e coercivo onde, precisamos nos desprender de nosso desejo de liberdade amorosa em prol da fidelidade a outro, priorizando-a na frente a nossos próprios desejos libertários. Quando repetimos que não buscamos nada a sério estamos entrando numa seara onde a interpretação mais óbvia é: "não me importo com suas questões pessoais, apenas sexuais".

Este comportamento reflete o evitamento do sacrifício, uma palavra que não representa outra coisa a não ser a perda de algo desejado em consequência do ganho de outra.

Mas e quando definitivamente não existem compromissos?

Aqui estamos mergulhando na anarquia sexual onde a objetificação toma conta das fantasias e a consideração torna-se tão seca quanto um cenário de gravação de conteúdos adultos profissionais: é a "pornozia" por assim dizer.

 Não busquemos entender esta forma de aceitar as relações como algo estritamente perturbador ou nefasto, tais comportamentos fazem parte da sexualidade humana, também relacionada a instintos primários e animais (dedicados a reprodução a todo custo, segundo a tese da evolução sexual) e pode fazer parte de "fases sexuais" particulares a cada um e a qualquer  momento na vida.

Entretanto, precisamos ressaltar que a conjunção sexual é um fenômeno complexo o suficiente para produzir efeitos avulsos, tanto na biologia quanto na psicologia dos indivíduos, e, uma frieza relacional  profunda dificilmente será aceita como uma opção saudável mesmo por apenas divertimento. E então quais as opções além destas podemos ter para referenciar as relações digamos, mais soltas?

Parceria séria, o ficante sério, um refúgio das relações abertas

Foto de Marlon Alves no Pexels:

Como criaturas destinadas a fazer o melhor uso das análises comportamentais, ambientais e pessoais para a garantia da sobrevivência em primeiro lugar, do prazer em segundo e do conforto em terceiro, não resta dúvidas de que adaptações relacionais sejam apenas uma questão de tempo, e interesse coletivo. Em tempos modernos onde o foco está quase exclusivamente no indivíduo próprio, onde temos a exacerbação do amor pessoal, da autonomia e independência nas relações, em quaisquer camadas sociais e neste caso, em relacionamentos afetivos, um novo padrão fora criado, e muito bem recebido principalmente pela juventude: o parceiro(a) ficante sério ou, "fixante".

A moda já pegou mas quais as consequências variáveis possíveis?

Não precisamos alarmar tanto, nada de tão ruim pode sair deste tipo de relação a menos que uma das partes se incomode profundamente quando procurar o outro para tratar um assunto, ou problema, e se perceber em um vácuo de importância até então desconhecido.

Esta variável é normal uma vez que o "contrato " relacional fora fixado como " nada sério" com alguém. Pra quem saber ler um pingo já é letra quanto mais uma frase tão enxuta e aberta como esta.

Ao não buscar nada sério além do consumo sexual, este que deve ser doado com uma dose de preferência, priori e privilégio, coloca o resto dos outros fatores da vida da parceria sexual em um relatório de interesse posterior, e não importante. O certo a se questionar é: até onde é possível ser indiferente quanto as outras necessidades de alguém e, portanto, até onde uma relação de "nada sério mas com seriedade sexual" pode de fato consolidar tais bases e fundamentos afirmados?

Provavelmente seguirá por meio da opressão de uma das partes, talvez a mais necessitada. Neste tipo de acordo é totalmente aceitável que o outro "se desligue" e se reaproxime sem precisar mensurar os estragos deixados pra trás. Na verdade, e tecnicamente, nem mesmo justificativas ou detalhes sobre o desinteresse além sexo precisam ser declarados a outra parte, assunto dela. Temos portanto uma relação quase nível profissional não fosse a falta de contrato oficial fixando isto, e as verbas acordadas.

Muito comum as camadas etárias mais baixas, principalmente entre adolescentes, esta forma de se relacionar quando avança em conjunto com as idades dos relacionados deixa claro que, é possível e necessário fazer parte de algo a mais que apenas da mera sexualidade nas relações interpessoais  amorosas.

Podemos e devemos tratar uns aos outros como mais que objetos do prazer sem que isto comprometa severamente os objetivos de cada um traçados. Ou tornamos este conceito uma diretriz de empatia humana ou adotamos a ideologia animal, um desprestigiamento evolutivo, como fundamento de apenas sobrevivência e consumação da busca por prazer.

E, como mentes incansáveis em busca de novas soluções, novos modos de adaptação as condições vigentes, opressoras da paz pessoal ou não, novas formas de promover conexões e relações interpessoais estão despontando no horizonte e a mais recente( ainda mais fresca que o vínculo" fixante") é o vínculo por meio do "presença" mas, este é um novo tema para um artigo próximo. Digam nos comentários se conhecem estes novos rótulos amorosos e os que ainda estão em ascensão.

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