Assédio Sexual - Como enfrentar as acusações injustas

Assédio sexual corporativo, social, acadêmico, independente de qual seja o ambiente é um assunto que embora negligenciado, visto como uma transgressão leve por parte de uma sociedade acostumada com os avanços da libido masculina, têm ganhado cada vez maior notoriedade e impacto.

Antes de adentrarmos no assunto é preciso entender o que caractriza assédio e qual sua forma de execução.

Enquanto que a apropriação do corpo alheio pode ser considerada mais que assédio, mas violação, e em alguns casos até mesmo estupro, as ações verbais, palavras ou cantadas podem provocar danos a vítima em um nível quase idêntico a violação física.

Mas se o flerte faz parte do ato de sedução e conquista, de que forma poderia  uma abordagem deixar de ser caracterizada como assédio?

E como não cair em ciladas do assédio, um comportamento que, apesar de pouco documentado, pode fazer parte de supostas futuras vítimas?

Mais ainda, o homem também pode ser alvo de assédios?

É importante abordar este assunto com sensibilidade e respeito, levando em consideração que a preocupação principal deve ser o bem-estar e a segurança de todas as partes envolvidas. 

Se um homem se encontra em uma situação em que está sendo acusado de assédio, deverá agir de forma ética e responsável, assumindo suas intenções, culpas ou equívocos.

 Aqui estão algumas diretrizes que podem ser úteis para o vasto repertório de possibilidades acerca da importunação sexual:

1/ Mantenha a calma e a compostura:

 Ao receber uma acusação, é normal se sentir defensivo ou preocupado. No entanto, é crucial manter a calma e evitar reações impulsivas que possam piorar a situação. Procurar se comportar como inocente, mesmo não sendo, é de suma importância para organizar as informações. 

Aqui, aparentemente damos cobertura a um ato incorreto devido as difíceis condições que podem ocorrer sob acusação de assédio onde, nem sempre é possível destacar que o ato praticado foi proposital, e que foi principalmente desrespeitoso.

É muito comum de homens e mulheres gerarem confusões onde, um pode oferecer algum nível de liberdade e o outro possa não compreender até onde exatamente deve ir este nível, e isto terminar em sérias acusações.

Indo além, por vezes as interpretações acusatórias podem ocorrer por equívoco, devido  a falha na percepção da vítima, ou por incapacidade de lucidez(comum em baladas) ou mesmo por situações complexas(comum em corredores de transporte público).

 Apesar de, na maioria das vezes as acusações contra os homens serem sérias e terem credibilidade, não podemos generalizar todas as condições. Mas acaso o ato tenha sido proposital é preciso arcar com os resultados, e crescer como homem.

Esta definição de  não generalizar é importante pois dificilmente existirá algum homem que não tenha sido vítima de provocações femininas, sejam elas apenas por diversão, deboche ou que venham carregadas com segundas( e talvez terceiras intenções ) em algum momento da vida mas que podem fluir para acusações.

Estas hipóteses possuem credibilidade a ponto de não faltar casos históricos onde,  mulheres usaram da sedução para ludibriar homens, induzi-los ao avanço e erro, e podem ser achadas tanto em anotações legais, de tribunais, quanto em anotações religiosas antigas. 

Portanto ao manter a compostura, e o controle emocional (aqui encenamos uma acusação de assédio em público) as chances de poder entender o que estava ocorrendo e onde foi o erro é maior.

Reiteramos que estamos supondo que a acusação não seja legítima, que tenha sido mal interpretada ou forjada.

2/ Escute atentamente:

Escute o que a pessoa que está fazendo a acusação tem a dizer. 

Demonstrar empatia e compreensão é importante, independentemente de concordar ou discordar da acusação. 

Procure entender qual o ponto fixado pela pessoa, e que a levou a interpretação  de assédio, tente esmiuçar em argumentos lógicos o que seria um atentado do que seria apenas um equívoco. 

Aqui entendemos que distorções no entendimento das muitas situações do cotidiano podem ocorrer, sobretudo se a "vítima" estiver sob estresse ou conflitos emocionais. 

E repetindo, neste artigo estamos partindo da interpretação de calúnia ou equívoco onde, o homem esta na condição de "vítima" e, se este não for o caso nada aqui deve ser considerado.

3/ Comunique-se de maneira respeitosa e profissional:

Se for apropriado, e se a outra parte estiver disposta, é possível ter uma conversa para esclarecer os mal-entendidos. Certifique-se de manter a conversa respeitosa e focada na busca de uma resolução amigável.

Mau entendidos são comuns e a suscetibilidade a cada condição é intrínseco a cada ser, portanto, se alguns podem conjecturar o engano facilmente, e ver coisas aonde não existiram, também existem a disposição para reduzir a animosidade a depender de como será tratado o assunto e tentado justificar o equívoco.

4/ Não faça acusações em retorno:

Evite a tentação de acusar a outra pessoa de má fé ou de tentar desqualificar a acusação sem evidências sólidas que apoie sua posição. 

Procure acertar um acordo, indicar um outro momento, hora ou lugar para continuar com o esclarecimento da situação mas, se não for possível, adiante suas culpas, coloque-se como o responsável por ter causado o equívoco e constrangimento e prometa reparar os danos.

Um pedido de desculpas ou perdão, quando feito de forma autêntica e não artificial, pode impedir guerras e construir sérias relações.

Felizmente as configurações emocionais humanas são imclinadas a aceitar o arrependimento alheio como uma ferramenta de dissolução, de "limpar" a sujeira provocada.

Fazer uso do legítimo pedido de desculpas, seguido da garantia de não repetição, é uma técnica interpessoal poderosa. Faça sempre bom uso!

5/ Reflita sobre o seu comportamento:

Analise suas ações e avalie se, de alguma forma,  pode ter inadvertidamente feito a outra pessoa se sentir desconfortável ou assediada. 

Isso não significa necessariamente admitir culpa, mas é uma oportunidade para aprendizado e crescimento dos conceitos sociais.

 Comportamentos humanos fazem parte de um sistema de complexo e envolvidos em inúmeras variáveis onde, o mesmo que foi permitido hoje poderá não se repetir amanhã ou talvez dentro de poucos minutos. 

Mulheres são reconhecidamente mais instáveis em suas opiniões, variando ao sabor do tempo, das condições ou do fluxo hormonal e devem ser tratadas sempre com cautela.

Além de que, normalmente, as mulheres são mais cobertas  em casos deste tipo, e quase sempre estão na razão (precisamos admitir que como criaturas sexuais nós homens somos uma espécie a ser disciplinada) e portanto não espere ser entendido como a vítima nestas ocorrências, mesmo sendo.

6/ Colete evidências, se possível:

Se acredita que a acusação é falsa, ou fora forjada, reúna evidências que possam apoiar sua posição. 

Isso pode incluir mensagens de texto, e-mails, testemunhas ou outras formas de documentação. É bom que estas medidas também sejam tomadas com antecedência para os casos em que desconfie de uma suposta "acusação oportunista" futura. 

Aqui precisamos ser imparciais e portanto devemos nos ater que pessoas podem ser justas e injustas, independentemente do gênero, e assim como homens podem ser de fato abusadores, mulheres também podem ser comodamente objetivistas.

Se o objeto em questão for de grande valia, muitas podem ser aquelas que farão uso das ferramentas humanas mais primitivas para seus objetivos, a saber, a sedução.

Historicamente artistas e celebridades são alvos preferenciais mas qualquer homem que possua notoriedade e recursos, pode ser um alvo para mentes femininas oportunistas.

7/ Respeite os limites e a privacidade da outra pessoa:

Não tente entrar em contato ou confrontar a pessoa que fez a acusação, a menos que ela tenha expressamente indicado que está disposta a discutir o assunto.

Ademais a insistência em continuar o assunto poderá ser subentendido como uma forma de manipular as ocorrências por meio da pressão, ou mesmo opressão.

Se não existe o que temer mantenha a distância e aguarde em silêncio. A postura de quem está comvicto de sua inocência é uma resposta antecipada a acusação.

8/ Defenda-se juridicamente

Embora homens sejam um tanto predadores sexuais por natureza, devemos lembrar que homens são humanos e, mulheres também são. 

Portanto tanto um quanto o outro pode em algum momento passar dos limites e invadir os direitos sexuais de outros e, neste caso consideramos como invasão até mesmo o simples olhar direto e reto(jargão popular). 

Apesar de muito pouco denunciado os assédios contra homens existem mesmo sendo em menor escala. 

Mulheres, superiores do ambiente de trabalho, ou não, podem cometer as invasões a despeito de que o ato seja considerado anti profissional ou infração. 

Homens de orientação sexual diferenciada costumam atravessar limites tanto quanto homens de orientação sexual habitual(homem x mulher) ou até mais.

Ao varrer fóruns voltados para os assuntos em questão é comum ouvir queixas relacionadas a este casos quê, realmente, são complexos de resolver.

 Denuncias sobre estas incidências no meio artístico existem, e talvez  em larga escala mas que devido a sensibilidade do assunto sobre orientação sexua,  pouco disso é denunciando  e aqueles que são não são confrontados com a mesma veemência quanto as acusações onde o homem/hétero é o infrator.

A recomendação maior, senão única para não cair em confusões desta forma é evitar totalmente o contato interpessoal no setor de trabalho. 

Quaisquer intenções adicionais e que não dizem respeito ao contrato profissional devem ser redirecionadas para  ambientes fora da empresa. 

Embora mesmo que isto seja uma solução apenas paliativa pois, o ideal, deveria ser a nula existência de interesses amorosos entre membros da equipe de trabalho, sabemos que não é sempre possível e portanto o redirecionamento é a melhor solução.

Estas preocupações são válidas e devem ser levadas a sério principalmente quando coloca em risco a condição profissional. 

Em tribunais Americanos, onde as causas sobre assédio são largamente mais denunciadas, é muito comum ouvir contra acusações onde, os acusados apontam a vítima como cúmplice de esquemas, de sabotagens de carreira ou de negócios, e por conta própria ou mesmo a interesse de terceiros.

Mesmo sendo estas acusações as questões de maior dificuldade  de aceitação e justificativa frente aos atos de assédio,  não devemos descarta-las e o melhor é prevenir-se de possíveis ações danosas a carreira, sejam de quais formas forem.

Lembre-se de que cada situação é única, e estas são apenas diretrizes gerais. Em casos sérios, é sempre aconselhável buscar orientação legal de um profissional qualificado. 

Além disso, é crucial separar e respeitar o lado profissional de quem que fez a acusação, independentemente do resultado final da situação, e não usar os acontecimentos para reduzir a pessoa como profissional.

Aconselhamentos Finais

Procure aconselhamento legal, se necessário:

Se a acusação é séria e tem o potencial de ter consequências legais, pode ser apropriado consultar um advogado para orientação sobre como proceder. 

Considere a mediação ou a arbitragem:

Em alguns casos, recorrer a métodos alternativos de resolução de disputas, como mediação ou arbitragem, pode ser uma opção mais rápida e menos adversarial do que litigar no tribunal.

Evite a difamação:

Não discuta o assunto com terceiros de maneira que possa prejudicar a reputação da pessoa que fez a acusação e lembre-se que em situações como esta, por mais que esteja certo e seja inocente, dificilmente  não terá a própria reputação afetada uma vez que permita  o ocorrido se espalhar generosamente.