Masturbação Pré Treino - Tocar uma ajuda na hipertrofia e ganho de massa?

 Uma pergunta com teor misto entre o inoportuno e o cômico, mas intrigante, tem rondado fóruns e redes sociais voltadas para o universo fitness: uma boa sessão  de 5 contra 1 antes da academia pode melhorar a performance muscular?

A dúvida passou a pairar após evidências na alteração hormonal capturadas por ensaios científico, destacados abaixo.

A hipótese por trás da dúvida está ligada ao aumento da testosterona livre ou da junção da mesma com o cortisol, uma ocorrência que pode ser detectada após os efeitos da atividade sexual.

No contrapeso desta ciência fisiológica, atividades sexuais antes de competições, por exemplo, são reconhecidas como potenciais redutoras da performance atlética e normalmente é recomendado abstinência sexual antes dos eventos.

Esta abordagem técnica é usada desde a Grècia antiga e alcança notórios ícones dos esportes atuais que afirmam categoricamente:

” sexo pode suavizar demais a psicologia, reduzir a agressividade natural, a fúria, e retirar parte do poder que estas condições conferem aos músculos”.

“Muhammad Ali 

 Hormônios como a testosterona são comumente associados a ação de desenvolvimento da performance física, e no crescimento muscular ao promover efeitos anabólicos aos músculos esqueléticos, estimular a biossíntese de proteína e modificar o conteúdo de fibras musculares.

Cortisol tem ação direta na musculatura esquelética humana e o aumento na concentração deste hormônio pode na verdade impulsionar a redução na concentração da testosterona total.

Quando o sexo ou o teatro sexual( diga-se masturbação) atuam sobre o organismo os efeitos consequentes são de liberação das endorfinas, dopamina, oxitocina e prolactina.

Sobre as hormonas, estudos limitados sugerem que as concentrações de testosterona livre são influenciadas, e podem aumentar tanto pela atividade sexual, quanto pela excitação sexual, ou mesmo pelo estímulo sexual visual.

Cientistas alemães em um estudo clínico randomizado, publicado no periódico Basic and Clinical Andrology, avaliaram 8 jovens adultos, homens, com idade média de 28 anos, altura média de 1,8 metro e massa corporal variável de 88 kg.

Três grupos foram formados para medir a concentração dos hormônios após o ensaio:

1. masturbação com estímulo visual (grupo ativo)

2. estímulo visual sem masturbação (grupo visual)

3. nenhum engajamento sexual (grupo passivo).

Os resultados sugerem que de fato  a estimulação visual e mais ainda, a prática masturbatória pode influenciar significativamente na prevenção da queda nas concentrações hormonais, sendo portanto, um agente de preservação hormonal.

Bom, é isso, 6 ou meia dúzia?

Qual seria melhor?

Por um lado suaviza o psicológico e reduz o frenesi muscular, por outro mantém a concentração dos hormônios que agem sobre os músculos e sua redefinição pôs treino….

Qual sua opinião?

Caso decidam por a hipótese em prática, para fins científicos recomendamos, traga-nos seus resultados ( sem os não devidos detalhes, fazemos questão) e contribua para as novas descobertas da ciência esportiva.

Estudos:

Isenmann et al. (2021). Hormonal response after masturbation in young healthy men – a randomized controlled cross-over pilot study. Basic and Clinical Andrology 31, 32.

Mas atenção, se optarem pela primeira condição lembrem-se, tudo que nos circula pode influenciar para o bom, para o ruim, até mesmo para o desagradável e com masturbação não será diferente se, associadas, a algumas condições como obsessão pornográfica:

Diego Tavares é formado em economia pela USP SP, investidor de carteirinha, aventureiro no multi-verso Cripto, apaixonado por fazer centavos virarem dólares e um iludido com a escultura da sua forma física aos 40.